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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Gestão da Lealdade de Clientes

Gestão da Lealdade de Clientes
Resenha baseada na apostila do curso de Pós Graduação em Gestão de Marketing (MBA) – FGV – GESTÃO DA LEALDAD DOS CLIENTES. De responsabilidade do Professor Jeffrey Hanson Costa – Mestre


Como surgiu, o que é, quais a ferramentas e aplicações e como avaliar a Gestão da Lealdade de Clientes

1. O desenvolvimento recente do mercado e das novas tecnologias fez que o volume de ofertas e o nível de exigência dos clientes aumentassem drasticamente, assim as empresas tiveram de se adaptar e concorrer em um cenário em que os produtos e serviços são cada vez mais parecidos e, para tanto, buscar diferenciais de percepção de valor junto aos clientes. Nesta lacuna surge o estudo da GESTÃO DA LEALDADE DOS CLIENTES.

2. O Paradigma Relacional
Harvard Business Review, 1996: “O crescimento da fidelidade do cliente é o mais importante fator isolado para a performance financeira de longo prazo”.
Estão implícitos nesta afirmação duas idéias: a) Ciclo de Vida do Cliente e b) a manutenção de clientes é, em média, 5 vezes mais barata que a conquista de novos.
Mas, o que é marketing de relacionamento/lealdade?
“(...) é uma estratégia de negócios que pró-ativamente constrói uma preferência pela organização por seus clientes individuais, canais e empregados, gerando melhor performance e resultados sustentáveis”.
2.1 CRM – Custumer Relationship Management (Gestão do Relacionamento com Clientes)
Ferramentas foram criadas para auxiliar, como, por exemplo, o CRM, que é, na verdade, uma filosofia administrativa, muito mais que um software.
A partir desta filosofia a empresa alinha todos os pontos de contato com clientes e seu histórico, de forma a permitir que seja falada uma língua única em todos estes pontos sem necessidades de repetições ou perda de tempo.
Por outro lado, mapeia o perfil do cliente permitindo a empresa identificar tendências e oportunidades de lucro, através de um relacionamento de longo prazo e cada vez mais aprofundado.
O CRM pode ser operacional (automatização dos canais de relacionamento); analítico (segmentação de mercado e comportamento de cliente); colaborativo (integra todas as funcionalidades da empresa ligadas ao relacionamento com o cliente).

3. Empresa orientada para o mercado
A empresa deve prestar atenção ao que está em seu redor e os seus relacionamentos, não basta mais cuidar somente dos processos de manufatura. O cliente tornou-se exigente e quem melhor percebe e atende esta mudança sai na frente.
Por tanto Empresas Orientadas para o mercado sabem que:
a)      Cliente vale mais que a compra (é a continuidade das compras que traz o lucro).
b)      Adquirir um novo cliente custa mais caro que manter um antigo.
c)       O cliente é mais importante que o não cliente (parece óbvio, mas não dá raiva quando contratamos um serviço e a empresa lança um pacote promocional para novos clientes?).
d)      Alguns clientes são mais importantes.
e)      Podem-se antecipar mudanças de mercado se estivermos impregnados da voz do cliente.

4. Fatores de Sucesso
A marca deve emocionar (ex: "Omo, por que sujar faz bem" ou "O primeiro plano de saúde é viver, o segundo é Unimed"), primeiro, para que o vínculo com a empresa extrapole as características tangíveis do produto, segundo por que o processo de compra é majoritariamente emocional.
Seguindo neste sentido, há duas possibilidades básicas de concorrência: preço ou diferenciação, óbvio a segunda é mais interessante, pois a concorrência por preço puramente não se sustenta por muito tempo.

5. Como fazer a Gestão da Lealdade de Clientes
Modelo 1 to 1/ Database Marketing/ Marketing Direto
Tem a ver com intimidade com o cliente (e prospects), através de uma relação de aprendizado que deve ser contínua que permita o reconhecimento das diferenças de cada cliente.
A primeira fase é a identificação de:
a)      Informações cadastrais
b)      Histórico de compra
c)       Contatos feitos (com qualquer canal da empresa)
A segunda fase é diferenciar:
a)      Necessidades
b)      Valor para a empresa
c)       Potencial
Em seguida devemos interagir para aprender:
a)      Valorizar preferências
b)      Motivar relacionamentos e compras
c)       Entender o valor para o cliente
d)      Gerir reclamações e outros feedbacks
Por fim ganhamos o cliente (quase) definitivamente através do personalizar:
a)      Produtos e serviços personalizados
b)      Timing apropriado
c)       Ofertas relevantes
d)      Recompensas

Percebemos como conhecer o cliente é importante?
Autores, como Carletto, indicam que ter um mailing adequado para o direcionamento de campanhas tem peso entre 40% e 70% sobre o sucesso da campanha (ROI – retorno sobre investimento - positivo).
A aplicação do Marketing Direto tem fortes indicações principalmente em circunstâncias como:
a)      Quando existe a possibilidade de identificar a tingir um público alvo;
b)      Identificação de comportamento de compra
c)       Em mercados dispersos
d)      Produtos e Serviços de alta complexidade
e)      Continuidade da relação comercial
f)       Necessidade de testes

6. Tipos de programas de relacionamento
6.1 Programas de Contato – 1 programação de comunicação com o cliente, que pode ser percebida como isolada.
6.2 Programas Definido – com regras claras e facilmente identificáveis, como programa de pontos. Podendo ser Abertos: Com ampla divulgação; ou Fechados: divulgação restrita e maior possibilidade de controle de resultados
Os benefícios podem ser diretos (valorizando o dinheiro do cliente com descontos, por exemplo) ou indiretos (faz com que o cliente se sinta especial).
Os canais para as campanhas podem ser:
a)      Mala direta;
b)      E-mail marketing
c)       Telemarketing, call center

7.Conceito Importante: Ciclo de Vida e Valor Vitalício do Cliente
O gráfico ao lado mostra as fases do ciclo de vida do cliente, nele podemos ver o potencial de contribuição do cliente para a empresa e a necessidade de investimento da empresa para este cliente em cada uma das fases, desta forma visamos tornar o cliente mais lucrativo a cada compra ao invés de tentar arrancar o máximo na primeira oportunidade.

8. Avaliação de Campanhas e Programas de Relacionamento
Parte fundamental de todo este processo é a avaliação do investimento e do retorno. Nem todas as ações terão sucesso e outras terão mais que o esperado, para que haja aprendizado neste processo a mensuração é imprescindível.
Por tanto ao planejar uma estratégia, devemos planejar também sua avaliação, seja em aumento de caixa, de clientes, de ticket médio, enfim... desde que esteja alinhado com o objetivo da ação.
Neste sentido muitos profissionais se questionam a taxa de retorno de diversas mídias e surgem números como os famosos 2% de retorno da mala direta.
Entretanto, tal afirmação dificilmente pode ser sustentada e mesmo é de relevância significativa, pois o retorno dependerá do produto, da oferta, da pertinência da mensagem, a criação, fatores sazonais entre outros. A boa pergunta é: qual a taxa de retorno que a campanha precisa? O que realmente interessa é encontrar o ponto de equilíbrio.
Para isso calculamos os custos fixos, a margem de lucro bruta e o ponto de equilíbrio (custo fixo dividido pela margem bruta).
Então perguntaremos, qual é o retorno potencia desta ação, para enfim decidir em lançá-la ou não e finalmente calcular o seu ROI.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Boas Vindas

Este espaço será utilizado para que possa expor informações que entendo relevantes sobre diversos assuntos com os quais convivo, sejam vivências e teorias do ambiente corporativo de Operadoras de Planos de Saúde sejam considerações filosóficas.

Sejam bem vindos!

Marcus Macedo